segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Gauchinha no Rio de Janeiro

Certa feita uma gauchinha das bandas de Caçapava se largou pro Rio de Janeiro para um sonhado turismo na cidade maravilhosa.
Por lá, se deparou com um povo o qual não interpretava assim tão bem a sua linguagem rebuscaba e pra lá de gauchesca. E explicar para aquele povo que 'cacetinho' é Pão Francês??? Aiaiai, a guria sofreu uma barbaridade.
E na hora do almoço, a moça resolve ir num restaurante com uns amigos e lá pelas tantas o senhor da mesa ao lado lhes pergunta:
-Vocês são do sul? Santa Catarina?
-Sim, somos do sul. Mas gaúchos.
E dele que dele conversa vai e conversa vem, sem querer eles percebem que o seu sotaque gaúcho é forte e cheio de complicações para a interpretação carioca.
Um simples "bah, pior neh!" ou então um "capaz"  faz uma tremenda confusão na cabeça do povo da cidade maravilhosa.
- Mas não te acanha tchê!! Se não tiver um cacetinho, me consegue uma bangala! huahuahua. Bem capaz que não vai me servir!
- Não servimos cacetinho, nem bengala!
- Ora, então me consegue um Pão Francês mesmo.
A moça então, quase sem jeito, serve os pães. E a gauchinha já salta com outra expressão bagual:
- Bah, "pior" que tá bem bom!
Mas com dois ou três dias de Rio de Janeiro a gauchinha cansada de tomar o bonde errado com seu próprio palavreado resolve a tentar um "chiado carioca":
- "Maix moça... Quero doix pãesx franceix."
E a tentativa foi em vão, na lancheria a gaúcha chega e pede duas torradas:
- Moço, "duax" torradas por favor!
E então o garçon lhe trás a torrada. E pra surpresa dela a torrada dos cariocas é só um pão de forma torrado, sem nada mais.
- Moço, não tem mais nada na torrada? Queijo? Presunto?
- Ah bom, você então queria um misto quente? Posso lhe servir então!
E foi essa outra confusão devido a diferença de cultura.
Então, é possível observar a diversidade cultural do nosso Brasil. Um misto de raças e culturas!

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